domingo, 1 de setembro de 2024

Eu minha mania de querer ajudar e contribuir


Eu passei por uma situação desagradável com um colega que me considera e quer ser meu amigo, mas eu não compartilho desse sentimento. Estávamos prestes a enviar relatórios e projetos para a etapa regional do Ceará Científico, e ouvi a coordenadora dizer, ao final da amostra escolar, que não mexeria mais no trabalho do grupo desse colega, pois estava inadequado para o certame. Ofereci-me para participar, já que meu grupo havia conquistado o terceiro lugar. Meu erro foi comunicar isso ao colega diretamente — algo que caberia à coordenação.

No privado, esse colega, que parece querer se afastar de suas raízes afro-brasileiras, disse que eu era "covarde" por tirar a chance das meninas de participar da amostra regional. Covarde? Isso, definitivamente, não sou. Coragem é um dos princípios pelos quais vivo, e esse título que ele quis me imputar não combina comigo. Se o trabalho dele estava fora dos padrões e a coordenadora não o defendeu, não sou eu quem vou modificar o trabalho para que seja submetido, que era o que ele queria ouvir. Folgado? Isso sim combina com ele. Eu apenas quis promover o artigo do meu grupo, que, por sinal, está muito bom.

Mas aí aconteceu algo que eu não esperava: a diretora entrou em contato e disse que, de fato, o professor ficaria chateado. Mas, veja bem, foi a coordenadora quem decidiu não mexer no trabalho. A diretora disse que apenas eu e outra professora, por termos mestrado, sabíamos desenvolver projetos científicos — ignorando o fato de que há outros professores com titulações superiores à nossa. Isso soou como ironia, desdém. Acho que sim, mas paciência, ela relutou e disse como qualquer pessoa de bem "ahhh professor você não me conhece mesmo". O ponto é que foi a própria coordenadora quem afirmou que não mexeria mais no trabalho. Paciência! 

O que fiz depois foi incentivar as estudantes a alterarem o projeto. No entanto, elas demoraram para realizá-lo e demoraram muito. Sem apoio, sem motivação e, infelizmente, sem expertise acadêmica por parte do professor 'NEVE', as estudantes fizeram o trabalho sozinhas, o que, com certeza, foi recompensador.

O que tiro de tudo isso? Que não devo me envolver em assuntos que cabem à coordenação, pois acabam afetando quem tem boas intenções. Como dizem, "de boas intenções o inferno está cheio." 

POR ISSO, NÃO SE ENVOLVA, LINDÃO! 

Meu amor,

Hoje eu quero te escrever não para lembrar o que você já faz todos os dias com tanto amor e entrega, mas para que você saiba que eu vejo. Eu...