Por: Thalia Bizerra Nogueira
No filme Carandiru de 1989 do médico Drauzio Varella narra suas experiências na extinta casa de detenção. A obra relata as péssimas condições de higiene e a desumanidade presenciada no cotidiano carcerário. Apesar de muitos anos, esta ainda é a realidade das prisões brasileiras, visto como um instrumento de tortura. Sendo assim, reavaliar as condições que os detentos vivem é imprescindível para aferir as consequências na contemporaneidade.
Em princípio a má estrutura em grande parte das cadeias, contribui para que os presos lutem para sobreviver. A superlotação, a falta de água potável, péssima alimentação, atestam a corrupção no sistema carcerário, visto que a média nacional de custo por preso é de R$2.400 reais, pondo os indivíduos à margem do descaso.
Além disso, por não haver distinção, nem mesmo com jovens e mulheres, todos são tratados da mesma forma, evidenciando a falta de políticas públicas e a necessidade da atualização da legislação. Desse modo, a reintegração do indivíduo na sociedade será difícil, obrigando o mesmo a viver da informalidade, na qual a maioria volta ao crime.
O tratamento carcerário fere os direitos humanos. Portanto, o governo deve fornecer subsídios para extensão das celas evitando a lotação e suprir a carência de água potável e alimentação de qualidade. Ademais, é fundamental a presença de equipes médicas para os cuidados da saúde feminina. Além disso, é muito importante atividades externas apoiadas por ONGs, que darão oportunidade aos detentos de reintegração social.